Destas três semanas, uma delas ele vai passar em Washington DC, onde
conhecerá Casa Branca, Capitólio e demais pontos turístico da cidade. As
demais semanas em outro estado norte-americano. Alguns dos
pré-requisitos para se tornar um jovem embaixador são estudar na rede
pública de ensino, ter um bom nível de conhecimento da língua inglesa e
fazer um trabalho voluntário. Segundo informações da Embaixada
americana, cerca de 11.500 estudantes do ensino médio da rede pública de
todos os estados participaram da seleção. A conquista da vaga foi fruto
de muita dedicação, conta João Marcos. Ele ficou sabendo do programa no
mês de maio, por meio de uma colega, e decidiu se inscrever. Porém,
teve que correr atrás para aprender Inglês.
"Toda a seleção é feita em Inglês e eu não sabia como ia fazer para
ter a fluência necessária para passar. Então, conversei com minha
professora de Inglês do Ifes e ela me ajudou a viabilizar uma bolsa em
um cursinho. Passei a estudar umas sete horas por dia", relata.
Para ajudar na preparação, ele também procurou ter contato com os
jovens embaixadores do ano passado e pediu ajuda dos amigos para
aperfeiçoar o Inglês. Ao saber do resultado final do programa, divulgado
na última quarta-feira (30), ele disse ter ficado muito surpreso e
feliz. "Estava na escola, fazendo um trabalho, e fiquei sabendo que
seria anunciado em um programa de rádio, mas o programa acabou e não
veio o anúncio. Desconectei a rádio que estava ouvindo on-line e achei
que fosse ser adiado. Mas logo depois uma amiga me ligou e deu a
notícia. Foi uma gritaria no laboratório. Eu estava com mais colegas e
saímos correndo pela escola para contar para todo mundo. Meus pais
também ficaram muito felizes. Minha mãe estava rezando um terço na hora
que avisei ", relatou.
Ele afirmou que tentou passar segurança durante a entrevista. “Fui
muito verdadeiro e consegui mostrar através das respostas que estava
capacitado para concorrer à vaga. Se fosse fazer um intercâmbio com
investimento do próprio bolso seria muito caro e difícil”, completou.
João Marcos acredita que os maiores desafios vão ser o clima, já que vai
chegar ao país norte-americano em pleno inverno, e o idioma. O
estudante contou que participa ativamente do grupo de jovens da Igreja
Católica de sua comunidade. “Desde criança, faço parte do coral e, logo
cedo, comecei a atuar nas missões populares. Trabalhamos com jovens
usuários de drogas para conscientizar e mostrar o valor que eles têm.
Também sou catequista. Fazemos visitas aos doentes e prestamos
assistência à comunidade”, completou.
Fonte: www.smnoticias.com.br